Proibição de anúncios prejudicam negócios canábicos

O conservadorismo dos algoritmos das redes sociais, em especial do grupo Meta (responsável pelo Facebook e Instagram), se torna um obstáculo para empresas que trabalham com cannabis, direta ou indiretamente.
Até nos Estados Unidos, em que o cânhamo pode ser utilizado em produtos há décadas e com a autorização do cultivo em 2018, há proibição de anúncios. No Brasil as regras são tão rígidas quanto.
A proibição de anúncios prejudica a capacidade de encontrar novos clientes e expandir os negócios. Até empresas que vendem produtos relacionados também sofrem com essa restrição. Entenda melhor como a proibição de anúncios prejudicam negócios canábicos e como é possível contornar o algoritmo.
Como funciona a proibição de anúncios
Aqui no Brasil, a Anvisa publicou uma nota, por meio do Diário Oficial, dizendo que está fiscalizando os sites que vendem produtos à base de cannabis no Brasil e que proíbe propagandas de produtos derivados da planta. Isso fortalece ainda mais o sistema de bloqueio das redes sociais.
Mas engana-se quem pensa que a proibição de anúncios seja aplicada apenas aos que defendem o uso recreativo da cannabis. Organizações sem fins lucrativos em prol da cannabis medicinal, além de empresas e iniciativas que já atuam nesta área, estão na mira da plataforma, que tampouco oferece informações detalhadas sobre os motivos por trás dos bloqueios.

Até grow shops, lojas especializadas em artigos para cultivo, e head shops, especializadas em produtos relacionados ao uso de cannabis e lifestyle canábico, também podem sofrer com as restrições das redes sociais.
Essa medida prejudica, principalmente, os pequenos e médios empreendedores, que utilizam as redes sociais para divulgar suas empresas e conseguir entrar na bolha das grandes empresas.
81% dos usuários do Instagram, por exemplo, usam a plataforma para procurar novos produtos e serviços e 90% deles seguem ao menos uma marca. E a plataforma está cada vez incentivando a compra e oferecendo funções como as compras direto no aplicativo.
Muito além da proibição de anúncios
Não é só a proibição de anúncios que afeta os negócios. A entrega orgânica também pode ser afetada e muitos deles chegam a ter as contas bloqueadas e excluídas da plataforma, perdendo anos de trabalho, conteúdos e seguidores.
Com muita insistência e alguma sorte, alguns perfis são restabelecidos na rede, mas nem todos. Embora não haja uma fórmula certa que garanta o desbloqueio, algumas tentativas podem ser úteis:
- Contate o serviço de atendimento dentro do prazo estipulado para explicar sobre a arbitrariedade do bloqueio e solicitar a restituição do perfil;
- Peça para que sua base fora do Instagram e perfis parceiros dentro da rede comuniquem o Instagram sobre o bloqueio do perfil em questão. Isso pode ser feito em configurações > ajuda > relatar um problema.
- Inicie uma campanha para a recuperação do perfil com uma hashtag que simbolize a ação e espalhe.

Como divulgar com a proibição de anúncios
No Instagram, é comum que projetos relacionados à cannabis tenham um perfil reserva para o caso de bloqueio da conta principal na rede. Apesar de ser um bom plano B, ele não ameniza a perda da audiência e de conteúdo construído, com dedicação e esforço, ao longo do tempo.
E ainda assim não é possível atingir novos públicos. Uma saída para esse problema é usar influenciadores 420. São influenciadores de massa ou de nicho que podem ajudar a empresa a sair da bolha mesmo com a proibição de anúncios.

Eles fazem parte do lifestyle canábico e se propõem a divulgar marcas relacionadas às plantas em suas redes sociais. Dessa forma, a empresa consegue burlar o algoritmo e alcançar mais usuários. Os influenciadores 420 também ganham para divulgar, todos saem ganhando.
Aqui na Kunk.Club, reunimos influenciadores 420 que tenham interesse em divulgar e ajudar empresas canábicas. Se quer se candidatar ou contratar influenciadores, manda uma mensagem para a gente.