O papel das mulheres no mercado canábico

A atual organização do mercado canábico que temos hoje, principalmente do lado medicinal e o desenvolvimento de negócios mais corretos dentro do setor, basicamente são gerenciados ou idealizados por mulheres.  Pensando nisso, hoje o artigo é sobre o papel das mulheres no mercado canábico. Não só dentro do mercado da maconha, mas no empreendedorismo em geral, mulheres têm mostrado um olhar diferente sobre os negócios.

A atual organização do mercado canábico que temos hoje, principalmente do lado medicinal e o desenvolvimento de negócios mais corretos dentro do setor, basicamente são gerenciados ou idealizados por mulheres. 

Pensando nisso, hoje o artigo é sobre o papel das mulheres no mercado canábico. Não só dentro do mercado da maconha, mas no empreendedorismo em geral, mulheres têm mostrado um olhar diferente sobre os negócios. 

Cada vez mais mulheres estão empreendendo no setor e buscando criar negócios que possam utilizar a cannabis para resolver dores e necessidades dos brasileiros. 

Vamos debater o cenário atual nos Estados Unidos, em que a maconha é legalizada em quase todos os estados, como o Brasil poderia se beneficiar da legalização e qual a importância do papel das mulheres no mercado canábico.

Mulheres como usuárias de maconha

O primeiro detalhe que impulsiona a ter mais mulheres no mercado canábico é que a cannabis proporciona benefícios para as mulheres e se torna uma forte aliada para o corpo feminino. Isso faz com que elas sejam grandes consumidoras de cannabis medicinal e que, consequentemente, desejam empreender e pensar em produtos voltados para essas necessidades. 

Para se ter uma ideia do tamanho do impacto, temos dados do New Frontier Data, que realizou uma pesquisa com mulheres norte-americanas. De acordo com os dados: 

  • 45% das mulheres norte-americanas utiliza cannabis  para diminuir o estresse;
  • 38% para diminuir  a ansiedade;
  • 31% para controle de dor crônica; 
  • 35% para melhora do sono; e 
  • 14% para prevenção de náuseas. 

Outro estudo, um relatório da Hellomd e Brightfield Group, mostra que as mulheres são responsáveis por 59% do uso de CDB nos Estados Unidos. Além disso, elas também são as maiores consumidoras de produtos para cuidados da pele e da saúde à base de cannabis. Esse mercado deve movimentar cerca de 3,48 bilhões de dólares no mundo até 2026. 

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Mães e a regulamentação da cannabis medicinal

O momento de pré-legalização, que vivemos hoje no Brasil, é ideal para os primeiros passos das mulheres no mercado canábico. O movimento das mães com filhos doentes, por exemplo, pressionou a regulamentação da cannabis medicinal. 

Crianças diagnosticadas com doenças neurológicas, convulsões diárias e dependentes de tratamentos intensivos, caros e, na maioria dos casos, sem grandes melhoras, fizeram mães irem atrás do direito de medicar os filhos com remédios à base de cannabis. 

Em 2015, centenas de mães se uniram e conquistaram a nova regulação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o uso medicinal da maconha. Desde então, é possível importar o óleo de cannabis. 

Mas devido ao preço elevado, muitas famílias ainda brigam na Justiça – poucas conseguiram – pelo direito de cultivar a maconha legalmente e extrair o próprio óleo. 

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Qual é a vantagem das mulheres no mercado canábico?

Diferente dos homens, as mulheres no mercado canábico buscam resolver dores e necessidades das pessoas. Grande parte das empresas brasileiras que buscam utilizar a cannabis em produtos de beleza ou como medicamentos, ou em pesquisas, possuem mulheres no comando. 

Uma das 50 mulheres mais influentes no universo global da cannabis, segundo a revista norte-americana High Times, é brasileira. Viviane Sedola é fundadora e CEO da Dr. Cannabis, uma empresa que conecta pacientes e médicos. 

Desde o lançamento da empresa, em 2018, já foram cadastradas mais de 10 mil pessoas que buscam o tratamento à base de cannabis e 3 mil médicos dispostos a receitar canabinóides. 

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Esse é só o começo da mudança. Quanto mais pessoas empreendendo e perdendo o medo, quanto mais mulheres no mercado canábico nós tivermos, mais rápido será a evolução. 

Quanto mais vermos empresas com CNPJ no mercado de maconha, de tabacarias a centros de pesquisa e produção de produtos, mais fortalece o mercado. 

Quando tirarmos o caráter de marginalização do uso, cultivo e comercialização da maconha, e ressignificá-la, poderemos aproveitar os benefícios da profissionalização. Teremos mais empresas, empregos e pessoas que podem se beneficiar dos benefícios dessa planta.

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