Legalização na América Latina: entenda porque tantos países estão mudando a legislação

Com a disseminação das informações sobre a maconha, a planta tem ganhado cada vez mais aceitação ao redor do mundo.
Com isso, ela tem sido regulamentada em muitos países e diversos outros começaram a tratar o assunto com maior tolerância e abertura, o que gerou uma onda de legalização na América Latina.
Recentemente, o México descriminalizou o uso adulto da maconha, sendo o segundo país a aderir à legalização na América Latina.
Logo depois, a Colômbia tomou posicionamento a favor da comercialização da planta de forma medicinal e, atualmente, o país segue um desejo de ampliar a legalização.
Fica claro que, com a maior compreensão da temática e entendimento das contribuições econômicas e sociais que a regulamentação da maconha pode trazer, caminhamos cada vez mais para a legalização na América Latina.
Entenda o que está por trás disso e porque tantos países estão mudando as suas legislações!
Legalização na América Latina: entenda porque tantos países estão mudando a legislação
Potencial de crescimento do mercado
O potencial de crescimento do mercado canábico tem atraído olhares ao redor do mundo e contribui em grande parte para a legalização na América Latina.
Para se ter uma ideia, segundo a Statista, em 2024, o valor do mercado da maconha de uso adulto deve chegar a US$300 milhões na América Latina!
Com a legalização mais ampla, o México, que já é um forte destino turístico, tem o potencial de se tornar o maior mercado legal de maconha do planeta.
Mais um exemplo deste cenário vantajoso para a economia é o Brasil!
Apesar da legislação complexa no país, o mercado canábico deve superar os US$228 milhões em 2028!
Não dá pra negar, o setor canábico movimenta muito dinheiro e os países estão loucos para se beneficiar disso.

Exemplos vizinhos
Oito anos após a liberação do uso adulto no Uruguai, outros países deram um passo para a legalização na América Latina.
Argentina, Brasil e Chile, por exemplo, descriminalizaram em algum nível, o uso com esta finalidade.
No entanto, são as leis federais firmes e rígidas dos Estados Unidos que regem todo o continente.
Apesar de a planta ser regulamentada em diversos Estados do país, os bancos estabelecem regras nas transações internacionais que dificultam a liberação da maconha em seus países vizinhos, o que tem atrasado os trâmites legais na América Latina.

Mudança de mentalidade
A mudança de mentalidade sobre a maconha têm contribuído fortemente para a legalização na América Latina.
Após uma onda inicial de regulamentação do uso medicinal, os países seguem estudando as possibilidades de uma descriminalização mais abrangente.
Isso porque o mercado de cannabis medicinal tem se expandido largamente e, a cada dia, fica mais claro o fracasso das políticas de contenção do narcotráfico.
Isto acaba por gerar uma mudança na mentalidade que tem sido favorável no combate aos tabus existentes sobre a planta.

Convenções ultrapassadas
Um grande impeditivo na legalização na América Latina e no mundo era a presença da planta na lista da ONU, de drogas mais perigosas.
Apesar de ter sido retirada da Lista 4 em 2020, a maconha ainda consta na Lista 1 da Convenção Única.
No entanto isto tem sido cada vez mais questionado, considerando que as convenções foram estabelecidas há mais de 60 anos e, durante este período, muitos estudos foram realizados sobre os seus efeitos, provando os seus diversos benefícios medicinais.
Ainda há um longo caminho a ser percorrido.
Mas é inegável que há uma movimentação ocorrendo no mundo, o que nos leva a um lugar cada vez mais próximo da legalização na América Latina.
As mudanças já pairam no ar e você pode conferir mais sobre a legalização da maconha no nosso blog.