Legalização medicinal da maconha: quais os impactos no consumo ilegal?

Legalizar ou não legalizar?

Eis a questão!

Esse é um assunto que vem sendo debatido cada vez mais, trazendo mais abertura para o tema e, consequentemente, mais conscientização da população usuária e não usuária.

Falar sobre Cannabis vai muito além de discutir o uso adulto. 

É preciso, também, colocar em pauta a legalização medicinal da maconha.

Ao fazermos isso, muitos pontos podem surgir e nos questionamos: a legalização medicinal da maconha repercute no consumo ilegal?

É exatamente essa questão que iremos responder neste artigo. Confira!

Impactos positivos

Não é segredo pra gente: a legalização medicinal da maconha tem diversos impactos positivos nos meios social, político e econômico.

O sistema carcerário é um dos que poderia sofrer mais impacto no Brasil.

Para se ter uma ideia, aproximadamente 60% das apreensões de maconha no Rio de Janeiro seriam consideradas como posse legal em Portugal.

É o que diz o relatório do Instituto de Segurança Pública que realizou um panorama das apreensões de droga no Rio entre os anos de 2010 e 2016.

No país europeu, a legislação e os parâmetros sobre o uso pessoal são muito mais flexíveis do que os encontrados no Brasil.

Enquanto aqui, as quantidades entre 10 e 15 gramas são as mais apreendidas, lá, o porte até 25 gramas é considerado legal.

A falta de padrões que definam os limites entre posse e tráfico no Brasil traz fortes impactos sociais, que levantam, ainda, outros questionamentos significativos como racismo e aporofobia.

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A criminalização de usuários de maconha no Brasil gera uma sobrecarga no sistema prisional, que está ocupado, em parte, com pessoas que apenas estão em busca dos efeitos medicinais da planta.

Um outro ponto relevante que podemos citar como positivo em relação à legalização medicinal da maconha é o consumo de um produto de qualidade muito superior a partir do autocultivo.

Nesse sentido, o Uruguai é uma grande referência como país vizinho!

Lá, os usuários já podem realizar o próprio cultivo, o que resulta em um produto final muito mais puro e, consequentemente, mais forte, que sucedeu, no país, uma redução dos períodos de uso por parte dos consumidores.

Além da possibilidade do cultivo, o país está investindo na venda da Cannabis medicinal em farmácias, tornando o acesso à planta ainda mais difundido, reduzindo a compra no mercado ilegal.

No Uruguai, é grande o número de pessoas que procura a maconha para o alívio de dores. 

Com a legislação flexível no país, esse problema de saúde está sendo amplamente resolvido!

Impactos negativos

Do outro lado, é preciso pensar e questionar, também, a possibilidade de se ter impactos negativos a partir da legalização medicinal da maconha.

Nos Estados Unidos, por exemplo, país pioneiro na flexibilização das leis sobre o uso de Cannabis, um estudo apontou que, nos Estados em que houve liberação, foi encontrado um aumento relevante no consumo ilegal e nos casos de abuso da planta.

Curiosamente, Califórnia e Colorado, dois dos primeiros estados a legalizarem o uso da maconha, o aumento no consumo ilegal foi duas vezes maior do que nos demais.

Apesar das evidências, os motivos dessas diferenças não foram estudados e, por isso, novas pesquisas para entender mais a fundo essa mudança de comportamento podem trazer à luz perspectivas muito interessantes. 

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Porque legalizar

Mas, afinal, por que legalizar?

A legalização medicinal da maconha pode beneficiar uma quantidade enorme de pessoas que já buscam melhoria de suas condições médicas a partir de remédios alopáticos e não obtêm os resultados esperados.

Pesquisas muito relevantes provam a eficácia da planta na redução dos sintomas de inúmeras doenças como epilepsia, Alzheimer e outras demências, dor crônica, ansiedade e depressão, fibromialgia, esclerose e diversas outras.

Por isso, é preciso colocar em uma balança: a liberação traz mais impactos positivos ou negativos em um panorama geral?

A resposta para essa pergunta parece estar cada vez mais clara.

Canabinóides e doenças neurológicas

Caminhar para a legalização medicinal da maconha parece oferecer vantagens aos mais diversos setores, mas, especialmente, para pessoas que buscam o alívio de doenças, muitas vezes, incapacitantes.

Para quem está atrás desses benefícios, ter informações sobre o plantio e consumo pode fazer a diferença.
Se interessou pelo assunto? Faça parte de um grupo de pessoas engajadas na liberação do uso!

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