Clube social de cannabis: conheça 5 vantagens de abrir o seu!
Clube social de cannabis minimiza os riscos jurídicos dos usuários e de pessoas que fazem o auto cultivo

No Brasil é possível criar um clube social de cannabis (CSC) com CNPJ e registro em cartório.
Os clubes têm a função de minimizar os riscos jurídicos dos usuários e de pessoas que fazem o auto cultivo. O clube social de cannabis também facilita a troca de informações entre seus membros.
A experiência internacional aponta que os clubes são um método eficaz de provar para a opinião pública, bem como às autoridades, de que é possível executar um sistema simples, transparente e facilmente regulável para a produção e distribuição da maconha.
Nesse artigo você vai descobrir 5 vantagens de criar o seu próprio clube social de cannabis no Brasil.
O conceito brasileiro de clube social de cannabis
Em outros países, os clubes sociais funcionam como espaços seguros para produção, distribuição e consumo adulto de cannabis.
No Brasil é diferente. De acordo com os limites atuais das normas nacionais, os clubes sociais de cannabis podem funcionar basicamente como um grupo de troca de informação entre cultivadores e pessoas interessadas no tema. Cada integrante faz o próprio cultivo e o grupo se reúne para conversar e compartilhar experiências. Não é obrigatório que todos os membros sejam cultivadores.
Para abrir um clube social de cannabis no Brasil, a estrutura jurídica é semelhante a de uma associação sem fins lucrativos. Ou seja, ambos são organizações sem fins comerciais, sem distribuição de lucros e/ou dividendos. É possível gerar renda e pagar todos os colaboradores e custos, mas o lucro deve ser reinvestido na própria instituição.
E diferente das associações medicinais, o objetivo dos clubes é acolher um público mais amplo para uso adulto (social ou recreativo), podendo também incluir o uso medicinal.

As 5 vantagens de abrir um clube social de cannabis
1 – Construção de comunidade e redes de apoio
Ao reunir pessoas interessadas em cannabis, o clube permite a aproximação, a troca de experiência e o compartilhamento de informações. Com o ambiente propício, é possível criar relações de confiança e parceria entre usuários e hempreendedores. E então surgem redes de apoio para o enfrentamento da estigmatização e dos preconceitos sociais.
2 – Minimização do risco jurídico
Um clube social registrado em cartório minimiza os riscos jurídicos dos cultivadores. Isso porque diferentes órgãos do sistema jurídico brasileiro avaliam e autorizam o pedido.
3 – Provocar o mercado e Influenciar positivamente a legalização
Um clube formalizado significa um canal institucional com maior legitimidade para falar abertamente sobre a cannabis. Por serem estruturados juridicamente como associação sem fins lucrativos, os clubes integram o terceiro setor e podem participar de atividades públicas e editais, além de parcerias com instituições. É uma maneira de ampliar o diálogo com diferentes setores da sociedade.
4 – Difusão da educação e do conhecimento em cannabis
Os clubes podem trabalhar pela formação do usuário e da sociedade em geral. A ideia é quebrar mitos; repassar informações verdadeiras e atualizadas; estimular o consumo consciente; e difundir estratégias de redução de danos.
5 – Profissionalização e desenvolvimento do mercado
Devido ao contato direto com consumidores, os clubes também podem desenvolver sistemas de pesquisa e análise de dados para identificação de perfis e necessidades reais. Ao auxiliar a pesquisa e o desenvolvimento de serviços e produtos, os clubes ajudam e fortalecem o mercado brasileiro de cannabis.
Onde encontrar um clube social de cannabis
Por enquanto esse mapeamento ainda não é possível.
Não existem muitos registros em cartório de clubes sociais de cannabis no Brasil. O primeiro a ter CNPJ é o Clube Social de Cannabis do Distrito Federal e Territórios (CSCDF) em 2017. Conheça o CSCDF!
Atualmente os clubes ainda estão em fase de amadurecimento e buscam a formalização.
Por isso, precisamos de mais clubes registrados e mais pessoas dispostas a espalhar as sementes da legalização Brasil afora.

Passo a passo para criação do Clube Social de Cannabis
Já falamos mais sobre como abrir um CSC no Brasil e explicamos os 4 passos para criar. O Fernando Santiago criou o primeiro clube do Brasil e disponibiliza um modelo do Estatuto e a Ata de Constituição para aqueles que quiserem abrir o próprio clube.
Para saber mais sobre esses modelos, entender a parte burocrática e o que você precisa fazer, confira a live a seguir:
Além de explicar o passo a passo, ele tira todas as dúvidas: mínimo de pessoas necessárias, a necessidade de advogado e contador, como registrar em cartório, como protocolar na Receita Federal, como tirar CNPJ e muito mais!